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100 Anos do Juazeiro do Norte !


A alguns dias da comemoração do centenário deste município, a cidade abre as portas para diversas manifestações que irão perdurar até 2011. A abertura do Centenário de Juazeiro aconteceu na tarde de ontem. O dia começou com uma alvorada festiva. À tarde, foi aberta a exposição em homenagem ao jornal O Rebate, veículo que defendeu a emancipação política da cidade. A exposição, ocorrida no Centro Cultural Banco do Nordeste do Cariri, marca o centenário da imprensa local. Na ocasião, a lei do Dia Municipal da Imprensa Juazeirense foi assinada. O município foi emancipado no dia 22 de julho de 1911. Uma das cidades do interior nordestino de maior destaque comemora, na próxima quarta-feira, 98 anos. Juazeiro do Norte, considerada a “meca” dos romeiros de vários estados, foi fundada pelo Padre Cícero, que também foi o primeiro prefeito. Antes era a comunidade de Tabuleiro Grande, pertencente ao Crato. A cidade conseguiu se notabilizar pelo desenvolvimento da economia local, com destaque para o comércio e a indústria de calçados, sendo um dos pólos mais representativos do Estado.

A aproximação da efeméride do centenário de emancipação política de Juazeiro do Norte tem despertado os setores culturais, universitários e bibliográficos a uma antecipação de buscas e identificações mais profundas sobre o tema que se constitui uma seqüência de inusitados movimentos sociais, políticos e religiosos do Ceará.Alguns estudiosos credenciados, como o americano sociólogo Ralph Della Cava, admitem ter sido o interesse pela independência do povoado um dos motivos fundamentais que inseriu o Padre Cícero Romão Batista na política e apoiar o movimento libertador da terra, que ele pretendia reconstruir como santuário de fé e orações e, assim, conseguir voltar às suas atividades sacerdotais, como sonhou em toda a sua vida. “Juazeiro é meu filho”, costumava dizer numa confissão de profundo amor espiritual e paternal pela cidade. Como a chegada do médico baiano Floro Bartolomeu, inteligente, escritor e orador, tornando-se o amigo sincero do sacerdote, liderando objetivos de conjuntura social e de segurança pública, Padre Cícero nem teria percebido seu sutil envolvimento na política que seus amigos criaram, dirigindo telegramas ao governador do Estado, solicitando o seu apoio junto ao prefeito do Crato, a fim de que fosse estudada e liberada a separação do território do povoado de Juazeiro do Norte do Crato e sua independência política.

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